quinta-feira, 18 de julho de 2013
Malandro é malandro e mané é mané
Discussão da semana: cumprir ou não cumprir ordens ilegais dos diretores?
Nem tem o que discutir. Não cumpro e pronto. Se não me pagam para fazer, não faço. Se é ilegal, não faço. Se posso me ferrar só para fazer um H com o diretor, não faço. Quem quiser, que faça, mas eu não faço.
Parece que foi domingo que um ASP se ferrou. Tava acompanhando um preso no hospital, fazendo a escolta, e o bicho fugiu enquanto o colega atendia a um telefonema. Resultado: se ferrou. Nem sei o que aconteceu com ele, e torço para que dê tudo certo pra ele, mas acho difícil. Vai responder a processo administrativo e acho que até criminal. E pra que? ASP não faz escolta, quem faz escolta é agente de escolta. E na hora que o bicho pega, o diretor não vai defender, aposto.
Aí o pessoal vem me criticar. Dizem que quem não cumpre ordem da diretoria é perseguido. Olha, eu sou uma funcionária do tipo chata, mas chata mesmo. Faço meu trabalho direitinho, mas só faço o que tenho que fazer, e sou solidária com meus colegas. Mas puxar saco de diretor não é comigo, e se tem que reclamar eu reclamo mesmo. E nunca me prejudiquei a sério por isso. Até tentaram me dar bonde duas vezes, mas não deu certo.
Assédio moral acontece mesmo, eu sei. Mas a gente não está tão desarmado assim, também. Tem que ser esperto. Não precisa encarar à toa, querer meter bronca do nada. Mas tem hora que esse enfrentamento cara a cara é necessário.
A bronca maior é o medo do pessoal. Medo de tudo, de levar bonde, de mudar de turno, de perder a chance de virar cargo comissionado, diretor, ou sei lá o que. O pessoal tem mais medo da diretoria do que dos presos, essa é que é a verdade. Só que diretor não é deus. A palavra dele não é lei. É a lei que a gente deve cumprir, e só. Quem anda certo não deve ter medo de autoridade.
Quanto mais medo a gente tem, mais sofre.
E quem cala consente, já dizia a vovó.
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